É caso para dizer...C***ão do papagaio!
Como prometi, volto a este blog para relatar uma situação no mínimo curiosa e que pode levar a pensar os carissímos/poucos leitores deste blog, para a questão muito importante que é...que tipo de animal poderemos ter em casa sem comprometer!
Um programador de computador (não, eu não sou programador, e isto não é, repito, não é autobiográfico) descobriu que a namorada tinha um caso, porque o papagaio dela não parava de repetir o nome de um homem. A ave, um papagaio cinza africano, não parava de dizer «I love you, Gary» («Amo-te, Gary») quando ele estava sentado no sofá ao lado da namorada, Suzy Collins, no apartamento que partilhavam em Leeds, na Grã-Bretanha.
Quando o namorado, Chris Taylor, reparou na reacção constrangida da namorada, gerou-se a confusão. Só depois de confrontar Susy com a situação, é que descobriu que ela tinha um amante com quem se encontrava no próprio apartamento, sob o olhar curioso de Ziggy, o papagaio.
A operadora de telemarketing admitiu o romance com um colega de trabalho chamado Gary e que a relação já durava há quatro meses. De acordo com a imprensa britânica, Ziggy também imitava a voz de Susy Collins todas as vezes que ela falava ao telefone e repetia constantemente «Oi, Gary».
Parece que a distinta operadora de telemarketing , neste momento, já não vive com o namorado Taylor – e também já não tem o Ziggy...
Por mim está decidido...peixinhos!!!
quinta-feira, novembro 09, 2006
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
terça-feira, fevereiro 14, 2006
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
A semana em que nevou...
O que se segue é um artigo escrito pelo Paulo Trezentos no suplemento Bits & Bytes, desta Sexta-feira...
Era uma vez um cantinho à beira-mar plantado que não era muito rico mas era muito esforçado. Passava o ano a discutir o défice das contas públicas, atrasos estruturais na área de formação e falta de competitividade na economia mas não seria por isso que deixaria de bem receber o Rei na sua terceira deslocação às suas terras. O Rei não era na verdade um rei a sério. Chamavam-lhe Rei porque cada habitante que utilizasse um computador devia pagar-lhe uma espécie de imposto de valor equivalente a 1 OMN (Ordenado Mínimo Nacional) pelo sistema operativo, e 2 OMN, pelo Office. Se tivesse um computador no trabalho, então este seria pago adicionalmente pela instituição patronal. No início, o Rei até tinha sido esforçado e trabalhador. Tinha sido admirado por toda a indústria por propor soluções inovadoras baseadas no que melhor se fazia. Mas rapidamente percebera que existiam formas mais rápidas e mais fáceis de juntar um pé-de-meia: abusar de posição de mercado dominante, evitar inter-operabilidade com soluções competidoras e comprar tudo o que se meta à frente. Essa atitude, e o facto de ser o homem mais rico do planeta, eram naturalmente muito admirados num país movido à custa da febre ou síndrome do Euromilhões – mais um dia, mais uma oportunidade de ser milionário sem esforço. Desta vez, o Rei seria especialmente bem recebido porque mandou à frente uma embaixada com algumas benesses para o Cantinho: formação para os desempregados no valor de 166.000 euros / ano (ou 500.000 a 3 anos). Ou seja, o equivalente a 0,14% da facturação de 114 milhões de euros da sua empresa (valores de facturação apenas para o Cantinho em 2004 e que não incluem licenciamento de multinacionais feitos através de acordos internacionais, contratos OEM directos, etc…). Claro que ficou tudo muito contente. O Presidente do cantinho deu-lhe a mais alta condecoração do país que visa “distinguir a prestação de serviços relevantes ao Cantinho ou serviços na expansão da sua cultura, sua História e seus valores.”. De facto, o Rei tinha feito muito pela expansão dos valores e da História do cantinho. Excepto quando a sua enciclopédia ligou o Mosteiro da Batalha à monarquia espanhola. Mas isso já estava ultrapassado. Por outro lado, os governantes do Cantinho tudo fizeram para que ele se sentisse em casa. Um ministro de estado prometeu-lhe que conseguiria garantir a presença do presidente daquela parte do mundo (Comissão Europeia) na reunião da empresa que juntaria governantes de toda a Europa. O que era fácil porque esse presidente até nascera no Cantinho e emigrara em busca de melhores condições de trabalho quando era primeiro-ministro do mesmo. Alguém chamara a atenção que talvez não fosse adequado, já que o Rei continuava a não pagar a multa de 497 milhões de euros imposta pela Comissão, mas logo isso foi ultrapassado. Ele também nunca pagaria a multa mesmo. Um ministro pediu-lhe para dar uma aula ao topo da Administração Pública sobre modernização e ele aceitou. Já sabia que teria bons alunos dispostos a aprender como utilizar a nova versão do seu software, ligeiramente mais cara, mas com muito mais funcionalidades interessantes para quem só escreve cartas e ofícios. Nesta imensa alegria geral, alguns lembraram que toda esta recepção talvez parecesse exagerada aos países em redor que estavam a conseguir com sucesso ser independentes do Rei. Como o país vizinho, que há já muito tempo tinha ultrapassado o Cantinho em índices de desenvolvimento e que teimava em desenvolver soluções próprias, estimular a indústria nacional e diminuir a insegurança do software do Rei. Mas isso agora não interessava porque eles estavam dispostos a recebê-lo bem.. A semana em que o Rei os visitava começara com um nevão como não se via há 54 anos. E isso não podia ser coincidência. Se um Banco nacional tinha feito nevar numa rotunda, só o Rei poderia ser o responsável pela neve em todo o país. E a prova é que quando ele regressou ao seu país, o Cantinho continuou como estava: sem neve e com cada vez menos sol. E não se percebia bem porquê… eles até eram tão influentes junto do Rei.
O que se segue é um artigo escrito pelo Paulo Trezentos no suplemento Bits & Bytes, desta Sexta-feira...
Era uma vez um cantinho à beira-mar plantado que não era muito rico mas era muito esforçado. Passava o ano a discutir o défice das contas públicas, atrasos estruturais na área de formação e falta de competitividade na economia mas não seria por isso que deixaria de bem receber o Rei na sua terceira deslocação às suas terras. O Rei não era na verdade um rei a sério. Chamavam-lhe Rei porque cada habitante que utilizasse um computador devia pagar-lhe uma espécie de imposto de valor equivalente a 1 OMN (Ordenado Mínimo Nacional) pelo sistema operativo, e 2 OMN, pelo Office. Se tivesse um computador no trabalho, então este seria pago adicionalmente pela instituição patronal. No início, o Rei até tinha sido esforçado e trabalhador. Tinha sido admirado por toda a indústria por propor soluções inovadoras baseadas no que melhor se fazia. Mas rapidamente percebera que existiam formas mais rápidas e mais fáceis de juntar um pé-de-meia: abusar de posição de mercado dominante, evitar inter-operabilidade com soluções competidoras e comprar tudo o que se meta à frente. Essa atitude, e o facto de ser o homem mais rico do planeta, eram naturalmente muito admirados num país movido à custa da febre ou síndrome do Euromilhões – mais um dia, mais uma oportunidade de ser milionário sem esforço. Desta vez, o Rei seria especialmente bem recebido porque mandou à frente uma embaixada com algumas benesses para o Cantinho: formação para os desempregados no valor de 166.000 euros / ano (ou 500.000 a 3 anos). Ou seja, o equivalente a 0,14% da facturação de 114 milhões de euros da sua empresa (valores de facturação apenas para o Cantinho em 2004 e que não incluem licenciamento de multinacionais feitos através de acordos internacionais, contratos OEM directos, etc…). Claro que ficou tudo muito contente. O Presidente do cantinho deu-lhe a mais alta condecoração do país que visa “distinguir a prestação de serviços relevantes ao Cantinho ou serviços na expansão da sua cultura, sua História e seus valores.”. De facto, o Rei tinha feito muito pela expansão dos valores e da História do cantinho. Excepto quando a sua enciclopédia ligou o Mosteiro da Batalha à monarquia espanhola. Mas isso já estava ultrapassado. Por outro lado, os governantes do Cantinho tudo fizeram para que ele se sentisse em casa. Um ministro de estado prometeu-lhe que conseguiria garantir a presença do presidente daquela parte do mundo (Comissão Europeia) na reunião da empresa que juntaria governantes de toda a Europa. O que era fácil porque esse presidente até nascera no Cantinho e emigrara em busca de melhores condições de trabalho quando era primeiro-ministro do mesmo. Alguém chamara a atenção que talvez não fosse adequado, já que o Rei continuava a não pagar a multa de 497 milhões de euros imposta pela Comissão, mas logo isso foi ultrapassado. Ele também nunca pagaria a multa mesmo. Um ministro pediu-lhe para dar uma aula ao topo da Administração Pública sobre modernização e ele aceitou. Já sabia que teria bons alunos dispostos a aprender como utilizar a nova versão do seu software, ligeiramente mais cara, mas com muito mais funcionalidades interessantes para quem só escreve cartas e ofícios. Nesta imensa alegria geral, alguns lembraram que toda esta recepção talvez parecesse exagerada aos países em redor que estavam a conseguir com sucesso ser independentes do Rei. Como o país vizinho, que há já muito tempo tinha ultrapassado o Cantinho em índices de desenvolvimento e que teimava em desenvolver soluções próprias, estimular a indústria nacional e diminuir a insegurança do software do Rei. Mas isso agora não interessava porque eles estavam dispostos a recebê-lo bem.. A semana em que o Rei os visitava começara com um nevão como não se via há 54 anos. E isso não podia ser coincidência. Se um Banco nacional tinha feito nevar numa rotunda, só o Rei poderia ser o responsável pela neve em todo o país. E a prova é que quando ele regressou ao seu país, o Cantinho continuou como estava: sem neve e com cada vez menos sol. E não se percebia bem porquê… eles até eram tão influentes junto do Rei.
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